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TODAS AS PEDRAS SÃO PRECIOSAS

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E quem nunca desejou uma jóia da H. Stern?

Pois bem! Hans Stern proprietário da H. Stern, empresa brasileira com 90 joalherias no Brasil e mais 85 espalhadas por 14 países, para descartar a possibilidade de existência de pedras semiprecisosas, diz que “uma pedra é preciosa ou é um pedaço de paralelepípedo. E para que se tenha a certeza de que todas as pedras são realmente precisosas, ele diz ainda que “não existe pedra semipreciosa assim como não existe mulher semigrávida”.


Você deve ter muitas jóias em casa e não sabe! Pensa que aquele acessório da moda que tem uma pedra e está na caixinha é uma bijouteria, uma semi jóia, uma pedra semi preciosa! Que nada! É uma jóia! Não existem pedras semi preciosas e por isso, cuide e guarde suas jóias com muito carinho!


No atelier desnvolvo trabalhos com pedras precisosas e ornamentais, em estado bruto ou roladas.
E é colando pedrinha por pedrinha, que vou criando verdadeiras Jóias do Lar como mesas, tampos de mesas, mandalas, quadros, porta joias, porta copos, baús, dentre outros.


Para que não pairem quaisquer dúvidas sobre as pedras precisosas usadas no atelier, transcrevi um maravilhoso texto de Pércio de Morais da CPRM, que tão bem esclarece sobre Pedras Precisosas e a inexistência de pedras semi preciosas.

 

NÃO EXISTEM PEDRAS SEMIPRECIOSAS
Por Pércio de Moraes Branco

Se alguém ouvir dizer que o Brasil não produz pedras semipreciosas poderá ficar surpreso, uma vez que o nosso país é reconhecidamente um grande produtor de gemas e o Rio Grande do Sul, por exemplo, é o maior produtor de ágata e ametista do mundo. A afirmativa, porém, é correta, pois não é se justifica separar as gemas em preciosas e semipreciosas.

Embora a denominação pedra preciosa seja correta, o mesmo não se dá com pedra semipreciosa, e são várias as razões para isso. A principal delas é que nunca houve consenso sobre quais pedras seriam consideradas preciosas. Normalmente, eram assim classificados o rubi, a safira, a esmeralda e o diamante. Alguns autores, porém, incluíam também a opala preciosa e o crisoberilo, por exemplo. E outros, a pérola. Outra razão para não se separar as gemas em semipreciosas e preciosas é a inutilidade dessa distinção. Para o Brasil, que produz boa quantidade de esmeralda e diamante, mas quase nada de rubi e safira, a distinção, mais do que inútil, é muito prejudicial.

Mas não ficam aí os argumentos contra a classificação semipreciosa. Embora esmeralda, rubi, safira e diamante sejam usualmente gemas caras, a turmalina paraíba tem preço médio maior que o do rubi e o da safira (e com as jazidas em fase de exaustão, ele só tende a aumentar). A alexandrita e a opala-negra têm preço médio igual ao da esmeralda. Por esses motivos, a classificação semipreciosa caiu em desuso em quase todo o mundo, sobrevivendo apenas em alguns países, entre eles o Brasil.

Gemólogos de renome internacional condenam de modo enfático seu emprego. Robert Webster considera-o “insatisfatório”, lembrando que “foi abandonado por consenso geral”.Walter Schumann afirma que “a designação ainda é usada no comércio, mas não é uma expressão correta porque muitas pedras chamadas semipreciosas são mais valiosas que as preciosas”. Diz também que “não há uma linha divisória real entre as pedras mais ou menos valiosas.” Joel Arem lembra que “no passado, os termos ‘preciosa’ e ‘semipreciosa’ foram amplamente usados”, mas que “hoje seu uso cria confusão, porque um diamante pobre pode valer menos que uma variedade muito fina e rara de granada.”

Mas não são apenas os gemólogos que condenam o termo. Também os joalheiros mais bem informados o fazem. Erich Merget dizia que “a denominação semipreciosa, atualmente muito utilizada, deveria ser totalmente abandonada. Até hoje, ninguém foi capaz de explicar a origem dessa expressão absurda e os vocábulos correspondentes em outras línguas, tais como inglês, francês e alemão, já deixaram de vigorar. Essa expressão não figura mais na literatura técnica desde primeiro de fevereiro de 1972.”

“O termo ‘gema’ tornou-se designação comumente aceita para todas as pedras ornamentais de valor, eliminando a anterior distinção artificial entre as chamadas ‘pedras preciosas’ e ‘semipreciosas’”, afirma Jules Sauer. Hans Stern, proprietário da H. Stern, empresa brasileira com 90 joalherias no Brasil e mais 85 espalhadas por 14 países, é mais radical: “uma pedra é preciosa ou é um pedaço de paralelepípedo. Não há alternativa e, portanto, não há significado na expressão ‘semipreciosa’”. É ele também quem diz que “não existe pedra semipreciosa assim como não existe mulher semigrávida”.

Coerente com esses posicionamentos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT recomenda evitar sempre o uso da palavra “semipreciosa”, substituindo-a por “preciosa”, salvo nos casos de exigências comerciais ou legais (NBR 10630). A ressalva justifica-se porque a Itália aplica uma taxação menor às gemas importadas que chegam ao país quando classificadas na origem como semipreciosas.

Portanto, não se constranja de chamar ágata, ametista, citrino, topázio, água-marinha, turmalina etc. de pedras preciosas. E chame de joia (não de bijuteria) brincos, anéis e outras peças feitas com gemas que você considera baratas. O setor joalheiro, como qualquer outro ramo do comércio, trabalha com produtos caros e baratos; e o preço nunca foi motivo para uma gema deixar de ser preciosa.


Fontes
AREM, J. Gems and jewelry. New York, Bantam, 1975. 159 p. il. p. 12.
DILAGO, M. et al Quais são as dez gemas mais valiosas do mundo? São Paulo, Mundo Estranho, janeiro 2007. p.46-47.
SCHUMANN, W. Gemas do Mundo. Trad. R. R. Franco e M. del Rey. São Paulo, Ao Livro Técnico, 1982. 254 p. il. p. 10.
MERGET, E. 1º Centro de Pesquisas Gemológicas do Brasil em Porto Alegre. S. n. t. 21 p. il. p..13.
SAUER, J. Brasil, paraíso de pedras preciosas. S. n. t. 136 p. il. p. 7.
WEBSTER, R. Gemmologists’ compendium. London, NAG, 1979. 240 p. il. p.92

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